Num balanço sobre a estratégia para pessoas sem-abrigo na reunião pública camarária, o vereador Fernando Paulo adiantou estar prevista a abertura de mais dois restaurantes para sem-abrigo, um “na zona ocidental, em Massarelos”, e outro, “em meados de 2019, na Baixa”.

Quanto ao “alojamento de longa duração”, existem “dois apartamentos” disponibilizados através de um protocolo com a associação Benéfica Previdente e “está em curso um processo para disponibilizar mais sete fogos no bairro das Artes Gráficas, em parceria com a Misericórdia do Porto”.

O vereador da Habitação e Ação Social, Fernando Paulo, referiu ainda que, relativamente ao “acolhimento temporário” de sem-abrigo, a Câmara assinou um protocolo com o Centro Hospitalar do Porto.

Esta valência começou com “15 utentes”, em 2017, e chegou este ano aos 25.

“Desde a abertura, foi possível integrar 41 pessoas”, acrescentou o vereador.

Fernando Paulo considera que o número de sem-abrigo no Porto baixou, mas disse existir “um número crescente de pessoas que estão a consumir substâncias ilícitas na rua”.

“Esse é um fenómeno diferente”, observou.

Fernando Paulo notou que esta “é a estratégia para um fim”, que é a integração dos sem-abrigo e a sua retirada das ruas “até 2023”.

De acordo com o vereador, tal obriga a “articulação com municípios vizinhos”.

O presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, disse ter “relatos de pessoas sem teto em que as polícias locais [doutros concelhos] as aconselham a vir para o Porto”.

“Temos municípios à nossa volta que entendem que, tendo o Porto esta resposta, mais vale despejar”, observou.

Para Moreira, a questão dos sem-abrigo “não se vai resolver ao nível da região ou da Área Metropolitana”.

“Resolve-se município a município. Quanto mais próximo estivermos, melhor”, defendeu.