Kimahli Powell, diretor executivo da ONG, sedeada em Toronto, anunciou, numa mensagem publicada na rede social Facebook, que a sua organização ajudou 31 pessoas LGBT (lésbicas, gay, bissexuais, transgénero) a abandonar a Rússia e a beneficiar de asilo no Canadá.

“Nós trabalhámos com o Governo canadiano num programa que permitiu a entrada de chechenos LGBT no país”, precisou o responsável, em declarações à cadeia pública canadiana, CBC, destacando que o executivo canadiano desempenhou “um papel essencial”.

Raptados, torturados e mortos. O preço de ter uma orientação sexual “não tradicional” na Tchetchénia
Raptados, torturados e mortos. O preço de ter uma orientação sexual “não tradicional” na Tchetchénia
Ver artigo

“O Canadá deu secretamente asilo a chechenos homossexuais”, escreveu hoje o jornal diário The Globe and Mail, destacando que esta iniciativa poderá “envenenar as já tensas relações entre a Rússia e o Canadá”.

O jornal precisa que a ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Chrystia Freeland, que foi jornalista correspondente na Rússia, teve um papel importante nesta operação.

A chefe da diplomacia australiana considerou, em abril, que as informações “recentes e contínuas que dizem respeito a perseguições de homens homossexuais e bissexuais indicam uma situação reprovável”.

As autoridades canadianas não comentaram o anúncio da Rainbow Railroad sobre o programa, que foi mantido secreto durante vários meses.

Powell disse ao jornal Globe que é necessário tratar da instalação e integração dos refugiados ao Canadá, o que torna necessário falar sobre este programa.

A Rainbow Railroad, fundada em 2006, tem como objetivo ajudar pessoas LGBT a fugir de perseguições perpetradas pelos estados, de acordo com a sua página na internet.