Durante várias semanas, a comissão que regulamenta as apostas suspeitou que algumas pessoas se aproveitaram de informações privilegiadas devido à proximidade com o primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak, para apostar na data das eleições.

Sunak anunciou, a 22 de maio, que as eleições serão realizadas em 4 de julho, quando eram esperadas para o segundo semestre do ano, e nas quais os conservadores são vistos como claros derrotados em relação aos trabalhistas.

Os dois candidatos, que ainda podem concorrer às eleições, embora sem o apoio dos conservadores, são Craig Williams, deputado e conselheiro de Rishi Sunak, e Laura Saunders, casada com o gestor de campanha do partido, Tony Lee, também suspeito.

Acusado durante dias, até mesmo no próprio partido, de falta de firmeza, Rishi Sunak anunciou que os dois candidatos já não têm o apoio do partido.

"Como resultado da investigação interna em curso, chegamos à conclusão de que não podemos apoiar Craig Williams e Laura Saunders como candidatos", disse um porta-voz do Partido Conservador.

O líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, criticou a demora na decisão do primeiro-ministro: "Por que é que não foi tomada há uma semana?"

O escândalo teve novo capítulo esta terça-feira, quando a comissão reguladora forneceu à polícia de Londres os nomes dos cinco polícias que tinham feito apostas sobre a data da eleição.

Os agentes sob investigação trabalham em diferentes serviços, particularmente no grupo de proteção diplomática e parlamentar, mas "nenhum deles está em posto de escolta", disse um porta-voz da polícia.

Um polícia da unidade de escolta de figuras políticas tinha sido preso na semana passada e depois colocado em liberdade condicional.