“Emitimos um alerta vermelho contra estes cidadãos e esperamos que sejam entregues à justiça venezuelana”, disse o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, durante uma conferência de imprensa em Caracas.
Este pedido eleva para 65 o número de gestores da empresa que foram detidos por alegada corrupção.
O anúncio teve lugar no âmbito de uma investigação por suspeitas de corrupção, tanto na PDVSA, como na petrolífera venezuelana Citgo, sediada nos Estados Unidos, da qual seis altos dirigentes foram recentemente detidos.
As autoridades venezuelanas detiveram na quinta-feira o ex-ministro do Petróleo Eulogio del Pino e o ex-presidente da PDVSA Nelson Martínez, no âmbito da investigação do Ministério Público.
As detenções foram anunciadas por Tarek William Saab, depois de o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ter designado, no último domingo, o major-general Manuel Quevedo novo ministro do Petróleo e Energia e presidente da PDVSA, a quem encomendou “uma transformação e uma limpeza” na principal empresa do país.
Num vídeo divulgado pela Internet, o ex-ministro do Petróleo Eulogio del Pino afirmou que a PDVSA está a ser vítima de um “ataque injustificado” e confirmou que “há desvios” de recursos que ele próprio denunciou, depois de investigações internas.
“Isso não significa que os trabalhadores da PDVSA sejam corruptos, que tenham acabado com a indústria”, afirmou.
Por outro lado, o antigo responsável explicou que a estatal suportou anos difíceis de ataques, de preços baixos, aos quais resistiu.
“Antes de privilegiar a manutenção de equipamentos, privilegiávamos a entrega de medicamentos e alimentos ao povo. A nossa preocupação sempre foi que chegassem recursos para poder estar como estávamos nesta orgulhosa revolução”, afirmou.
Eulogio del Pino disse assumir a responsabilidade e esperar ter “o direito à legítima defesa”.
Segundo a imprensa venezuelana, o atual embaixador da Venezuela na ONU, Rafael Ramírez, que entre 2010 e 2014 foi presidente da PDVSA, poderá ser afastado proximamente do cargo e prestar declarações sobre a alegada corrupção na petrolífera venezuelana.
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