O bispo de Leiria-Fátima, que falava na sessão de abertura do novo ano pastoral do Santuário de Fátima, alertou que esta “indiferença em relação a Deus” leva a uma indiferença em relação aos outros, “aos que sofrem”.
Na sociedade atual, “o que conta é o mero bem-estar de cada indivíduo, só, fechado em si mesmo, num ambiente que contagia também porventura as comunidades cristãs”, disse o prelado, acrescentando que este é um ambiente que se verifica na Europa, “que vive um cansaço cultural e que contagia também as comunidades cristãs que, por vezes, sofrem de um cansaço da fé”.
António Marto encerrou a sessão de abertura do ano pastoral no santuário, cujo reitor, Carlos Cabecinhas, manifestou confiança de que “a vacinação e os cuidados redobrados que estão de novo a ser pedidos” permitirão, em breve, “uma progressiva retoma de atividade que se aproxime de uma presença habitual de peregrinos” pré-pandemia.
“Todos temos clara consciência dos tempos difíceis que atravessamos, mas todos temos também esperança no futuro”, afirmou hoje Carlos Cabecinhas, reconhecendo que “o ano pastoral que agora termina ficou profundamente marcado por confinamentos e por muitos constrangimentos à mobilidade das pessoas”, o que “limitou muito” a deslocação de peregrinos ao santuário.
Na sessão de abertura do novo ano pastoral do Santuário de Fátima, que terá como tema “Levanta-te! És testemunha do que viste!”, Carlos Cabecinhas sublinhou ainda o sentimento de confiança “na progressiva recuperação da normalidade possível”.
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