“Após ter demonstrado a minha disponibilidade, que estaria naturalmente sujeita às normais condições de trabalho político, para incorporar a lista de deputados da IL às próximas eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa, fui convidada pelo vice-presidente Ricardo Pais de Oliveira, a quem agradeço, para ocupar o sétimo lugar, eventualmente quinto ou sexto”, escreveu a deputada no antigo Twitter (X).

A deputada, que perdeu as eleições internas para o atual presidente da IL, Rui Rocha, decidiu “não aceitar o convite”, uma decisão que já comunicou ao Conselho Nacional, que vai aprovar no sábado, em Leiria, os candidatos a deputados às eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

No texto que publicou na rede social, a deputada liberal considerou que “fecha-se agora um ciclo” e que vai reequacionar nos próximos tempos o seu papel na vida política ativa.

“Acredito numa política baseada em princípios sólidos, com metas definidas, com uma perspetiva de serviço público e comprometida com a construção de um Portugal mais liberal”, referiu ainda Carla Castro, para quem as “mensagens políticas devem ter profundidade e serem mais que slogans ou `soundbites´”.

O discurso político em Portugal “agudizou-se e é preciso dentro e fora dos partidos e num espaço moderado, chegar a consensos e abrir pontes”, alertou ainda a deputada, ao defender uma “cultura de colaboração em detrimento de uma cultura de contestação”.

“Sou e continuarei a ser liberal, reformista e praticante do desassossego construtivo. Continuo economista, gestora, e eu própria”, destacou.

O Conselho Nacional da IL vai aprovar no sábado as candidaturas às eleições legislativas antecipadas do próximo ano, uma reunião na qual será ainda decidida a nova data da convenção não eletiva que foi adiada devido à crise política.

A reunião dos conselheiros liberais está marcada para um hotel em Leiria e começa com a intervenção de abertura do presidente do partido, Rui Rocha, que será aberta à comunicação social.