“Eu acho que reconhecidamente na sociedade política portuguesa há uma apreciação que é razoavelmente consensual, é a de que o malogro e o fiasco da liderança do dr. Passos Coelho no PSD é o grande acontecimento político nacional”, afirmou à agência Lusa Carlos César, na Horta, Açores.
O também presidente do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República adiantou que, “se algo terminar mais cedo, será a liderança do dr. Passos Coelho e não esta experiência de Governo que tem mostrado, ao longo deste seu primeiro ano de exercício de mandato, uma grande consistência e, sobretudo, uma estabilidade, várias vezes demonstrada”.
A este propósito apontou “a aprovação de documentos que foram estruturantes e essenciais, desde o Plano Nacional de Reformas ao próprio Programa de Estabilidade”, mas também o “Orçamento para 2016 e também o Orçamento para 2017”.
“A grande diferença é que este Orçamento para 2017 é resultado de uma ponderação coletiva e plural, e tem no seu debate prévio uma transparência que antes não existia”, referiu, declarando-se convicto de que “do diálogo que tem sido frutuoso entre os partidos (BE, PCP e PEV) que apoiam este Governo sairá um orçamento aprovado e com qualidade para responder aos desafios que o país necessita”.
O líder do PSD disse hoje que a atual solução governativa está condenada ao "fiasco e ao fracasso", sublinhando que PS, BE e PCP apenas se entendem para gerir o dia-a-dia e qualquer reforma provoca desentendimentos.
"Esta solução está condenada ao fiasco e ao fracasso. Porquê? Porque não tem capacidade reformadora, se tiverem de reformar alguma coisa desentendem-se todos, não há apoio para o fazer", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, que decorreu desde segunda-feira em Castelo de Vide, distrito de Portalegre.
Sublinhando que o Governo socialista apenas consegue apoio dos seus ‘parceiros' para desfazer reformas feitas pelo anterior executivo de maioria PSD/CDS-PP, anteviu que o executivo de António Costa até pode chegar ao final da legislatura, mas não conseguirá "gerar um grama de expectativa positiva sobre o futuro".
"Esta solução de governo está esgotada, concentra-se no curto prazo, no imobilismo", vincou, insistindo que é necessário arrepiar caminho.
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