Numa carta enviada terça-feira ao presidente da IP, António Laranjo, o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, reivindica a remarcação da sinalização horizontal e a construção de uma rotunda “que promova a redução de velocidade e a consequente redução de acidentes causados por excesso de velocidade” naquele cruzamento.

Uma nota do município divulgada hoje afirma que o cruzamento localizado ao quilómetro 3,5 da Variante à EN 365-2 Cartaxo/Aveiras de Cima “apresenta elevada sinistralidade”, com o Guia para a Elaboração de Planos Municipais de Segurança Rodoviária a indicar que, entre 2010 e 2016, se registaram neste local “cinco acidentes com vítimas, com índice de gravidade 60”.

O autarca reclama ainda a “necessidade de retomar o acordo para a execução do Viaduto de Santana” na linha ferroviária do Norte, lembrando que a obra para alteração do traçado na zona de passagem de nível ao quilómetro 60 e a modernização do atual apeadeiro de Santana/Cartaxo, localizado junto da passagem de nível agora existente, chegou a ser adjudicada em 2012.

Para Pedro Ribeiro, a construção de uma passagem superior à linha do Norte “é uma obra essencial à mobilidade” no concelho e “estruturante no que respeita ao transporte rodoviário nacional”.

Para o autarca, essa obra irá assegurar que a população de Valada “não ficará isolada em altura de cheia e que o trânsito circula com uma segurança muito maior para a outra margem do Tejo”, além de que permitirá à CP “tirar maior partido da remodelação da linha férrea, feita há anos, que permite velocidades de 220 quilómetros/hora”.

Frisando que tem vindo a insistir com a empresa desde 2014 para a concretização desta obra, Pedro Ribeiro refere que, além da supressão da passagem de nível, a intervenção prevê a substituição da ponte rodoviária, “cujo estado de conservação condiciona o tráfego rodoviário” na Estrada Nacional 3-3.

O autarca defende “a elaboração de um novo protocolo conjunto”, que defina a comparticipação de cada entidade, “para que o lançamento de um novo procedimento de adjudicação da obra possa ser feito quanto antes, resolvendo um constrangimento rodoviário e ferroviário que será estruturante” para o concelho, mas também para a região e o país, uma vez que se trata da principal ligação ferroviária nacional.