Referindo-se às recentes críticas na imprensa dos EUA, feitas por autoridades não identificadas, sobre a contraofensiva ucraniana, John Kirby disse: “Criticar um (país) parceiro e um amigo que está a tentar progredir em condições sangrentas, terríveis e violentas realmente não ajuda”.

“A nossa prioridade é garantir que estejam preparados para continuar estes avanços, que tenham os instrumentos e técnicas, que tenham a formação” necessárias, acrescentou o porta-voz.

“Mesmo ignorando as últimas 72 horas, nenhum observador objetivo desta contraofensiva poderia dizer que não houve progresso. Tem sido lento em algumas áreas (…) mas eles estão a lutar corajosamente todos os dias”, acrescentou este antigo almirante, dizendo que ele próprio teria o cuidado de não comentar a estratégia ucraniana “do (seu) sofá”.

Os Estados Unidos são o principal fornecedor de assistência militar à Ucrânia.

Durante um mês, os meios de comunicação norte-americanos citaram oficiais militares, sob condição de anonimato, criticando a estratégia ucraniana de retomar as áreas ocupadas.

Essencialmente, criticam Kiev por uma certa dispersão, que impediria o seu exército de mobilizar forças suficientes no lugar certo para empurrar as tropas russas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.