Em declarações à Lusa, o diretor-executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, revelou que este protocolo, que vigora entre este ano e 2023, envolve os ministérios da Cultura, da Economia, do Ambiente e do Ensino Superior.

“Este protocolo é o reconhecimento do Estado da importância da arquitetura como fator estratégico e diferenciador de Portugal, assim como na capacidade transformadora que ela tem”, afirmou.

Este apoio financeiro vai possibilitar à Casa da Arquitetura, no distrito do Porto, realizar estudos e investigações e organizar atividades, debates, e conferências, sublinhou.

Nuno Sampaio adiantou que o Ministério da Economia, através do Turismo de Portugal, vai canalizar 250 mil euros para a Casa da Arquitetura para a criação de roteiros turísticos e iniciativas de promoção internacional de Portugal ancorada na arquitetura, designadamente a identificação e criação de programas de visita, eventos e conteúdos expositivos sobre arquitetura em Portugal.

Na sequência do apoio pontual dado à Casa da Arquitectura no ano passado no âmbito da sua programação e atividades, o envolvimento do Ministério da Cultura concretiza-se através do Fundo de Fomento Cultural e destina-se a atividades de reflexão crítica, teórica e prática e à constituição, já em curso, de uma coleção de acervo para a realização de uma exposição, programa de atividades e catálogo sobre os 50 anos da Democracia Portuguesa 1974 — 2024, materializando-se igualmente num valor de 250 mil euros.

Já a participação do Ministério da Ciência assenta na formação doutoral e emprego científico, prevendo o apoio a dez bolsas de doutoramento por ano e o apoio de até dois contratos de investigadores doutorandos, durante cinco anos.

Por seu lado, o Ministério do Ambiente apoia a Casa da Arquitectura através do Fundo Ambiental, em 250 mil euros, visando o reforço da base de conhecimento científico sobre a arquitetura em Portugal, estudos interdisciplinares e pluridisciplinares nas áreas de projeto de arquitetura, da engenharia e construção, dos materiais e da sustentabilidade do património construído.

Esta cooperação entre o Estado e a Casa da Arquitectura vai permitir trabalhar um conjunto de áreas na sua programação, como o património cultural, o ordenamento do território, a política de cidades, a paisagem, o ambiente e o turismo, sublinhou o diretor-executivo.