A máscara de madeira do século XIX foi provavelmente adquirida "em circunstâncias desconhecidas" por volta de 1917 por René-Victor Edward Maurice Fournier, um governador colonial francês e avô do queixoso, conta a BBC.

A máscara Ngil foi fabricada pelo povo Fang do Gabão e é considerada uma das dez únicas existentes no mundo. Este raro objeto foi mantido na posse da família até ser vendido por 150 euros ao comerciante que foi chamado para ajudar a limpar o sótão do casal. Posteriormente, foi vendida em leilão a um comprador desconhecido, por 4,2 milhões de euros.

O casal que tinha a máscara recorreu ao tribunal para reclamar uma parte do produto da venda, alegando que o comerciante os tinha induzido em erro quanto ao verdadeiro valor da máscara.

Contudo, o comerciante negou saber que a máscara era tão valiosa e afirmou ter demonstrado boa vontade ao oferecer ao casal 300 000 euros, a avaliação inicial da máscara.

O juiz decidiu a favor do negociante e afirmou que o casal não tinha exercido a devida diligência na avaliação do valor "histórico e artístico" da máscara.

Por outro lado, o Gabão tinha pedido separadamente que a venda da máscara fosse suspensa com o argumento de que pertencia legitimamente ao país. Mas o tribunal também rejeitou esse argumento.