Num ano com 301 candidatos — o quarto valor mais alto de sempre –, a lista de potenciais laureados com o Nobel da Paz conta com vários nomes reconhecidos internacionalmente entre as 223 pessoas nomeadas individualmente e as 78 organizações que concorrem a um dos mais cobiçados prémios do mundo.
De acordo com as casas de apostas, a “favorita” é a ambientalista de 16 anos Greta Thunberg, que mobilizou milhões de jovens em todo o mundo para a defesa do ambiente, tendo lançado, em setembro de 2018, uma “greve escolar” que deu origem ao movimento “Sextas-feiras pelo Futuro”.
O prémio poderá, no entanto, ir parar a outras mãos, até porque os especialistas continuam divididos sobre a existência da relação entre conflitos e mudanças climáticas.
“O que ela fez no ano passado é extraordinário”, disse no mês passado o diretor do Instituto Internacional de Investigação da Paz em Estocolmo, Dan Smith, lembrando que “as alterações climáticas são um problema intimamente ligado à segurança e à paz”.
Já o diretor do Instituto de Investigação para a Paz de Oslo, Henrik Urdal, considera que a atribuição do Nobel da Paz a Greta é “extremamente improvável”, argumentando que a ambientalista é muito jovem e que a relação entre aquecimento global e conflitos armados continua por provar.
A indicação da ativista foi feita pelo deputado norueguês Freddy André Øvstegård e recebeu apoio de vários países.
“Propusemos o nome de Greta Thunberg porque se não fizermos nada para deter as alterações climáticas, [a situação] será causa de guerras, conflitos e refugiados”, disse Øvstegård.
Outro dos favoritos é, segundo as casas de apostas, o Papa Francisco, indicado todos os anos desde que assumiu o cargo sucedendo a Bento XVI, em 2013.
Donald Trump é outro dos nomes com muitas apostas, sendo também um dos mais polémicos. A sua indicação foi confirmada por si próprio, em fevereiro, tendo sido apresentada pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pela reabertura de negociações com a Coreia do Norte.
Entre os candidatos especula-se ainda que constem os nomes da chanceler alemã Angela Merkel, da organização Repórteres Sem Fronteiras, do Presidente francês, Emmanuel Mácron, do analista que revelou detalhes dos programas de vigilância dos Estados Unidos Edward Snowden, do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, e do ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras.
Em 2018, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a dois arautos da luta contra a violência sexual, o ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Yazidie Nadia Murad.
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