“Depois de muitas décadas fechado, vamos abrir no dia 9 à comunidade e fazer do Castelo e de toda a sua envolvente a sala de visitas de Montalegre”, afirmou Orlando Alves à agência Lusa.

O Castelo de Montalegre, no distrito de Vila Real, é um Monumento Nacional que foi alvo de intervenções inseridas na Operação Castelos a Norte, lançada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e executada pela Câmara, que assegura também a comparticipação nacional.

“A Câmara substituiu-se ao Estado, fez parceria com o Estado, e vamos, assim, oferecer à comunidade e ao desenvolvimento turístico da região esta importantíssima joia da arquitetura militar portuguesa”, salientou o autarca.

A intervenção incidiu nas torres do Castelo e na praça de armas, na consolidação da muralha abaluartada, na rede de drenagem de águas pluviais e águas freáticas e na beneficiação dos arruamentos e largos envolventes.

“Substituiu-se toda a pavimentação de acesso ao Castelo e descobriram-se partes interessantíssimas que estavam escondidas e que só a intervenção da arqueologia potenciou”, apontou Orlando Alves.

Está também em curso, acrescentou, a musealização do Castelo.

A intervenção foi polémica e gerou críticas, principalmente direcionadas à aplicação de betão armado.

Orlando Alves afirmou que a polémica está sanada e o alarmismo levantado não “fez sentido nenhum”.

O Castelo de Montalegre foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e é uma das fortificações medievais mais bem conservadas do Norte de Portugal.

Situado no centro da vila, apresenta três torres adossadas à muralha e a praça de armas funciona como sala de visitas do município, onde se realizam espetáculos, eventos e reuniões com destaque para a sexta-feira 13.

A Operação Castelos a Norte inclui ainda intervenções nos castelos de Monforte de Rio Livre (Chaves), Outeiro (Bragança), Mogadouro e Miranda do Douro e é cofinanciada pelo Programa Norte 2020.

A abertura do Castelo está inserida nas comemorações do feriado municipal, dia em que a autarquia vai também homenagear “atletas que se distinguiram ao serviço uns de clubes, outros de seleções nacionais e outros até individualmente, como foi a participação em jogos olímpicos”, bem como as coletividades desportivas do concelho.

“É justo haver este reconhecimento do papel que os clubes têm na formação da nossa juventude”, salientou Orlando Alves.