"As eleições regionais de 21 de dezembro na Catalunha, realizadas em circunstâncias anormais, antidemocráticas, com destacados candidatos presos ou perseguidos, representam uma séria derrota da política centralista, reacionária e repressiva conduzida pelo Governo minoritário do Partido Popular (que teve um resultado humilhante)", lê-se num comunicado.
No texto, os comunistas defendem "uma solução política que respeite os direitos democráticos e sociais dos cidadãos da Catalunha e os seus sentimentos nacionais".
"Uma tal solução compete soberanamente aos povos de Espanha. O PCP condena o apoio que tem sido dado pela União Europeia à política antidemocrática do Governo de Mariano Rajoy e insiste em que a posição dos órgãos de soberania de Portugal deve pautar-se pelo respeito estrito da Constituição da República Portuguesa", é referido.
Na nota, o PCP destaca ainda a "elevada e histórica participação do povo catalão no ato eleitoral e considera urgente que sejam anuladas as medidas de inaceitável intolerância antidemocrática tomadas na sequência do referendo de 01 de outubro contra dirigentes políticos e membros do governo regional da Catalunha".
Os partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram uma maioria absoluta no parlamento catalão, com 70 dos 135 lugares do parlamento local, e prometem manter o desafio secessionista a Madrid. O número que sobe para 78 lugares se forem contabilizados os defensores de um novo referendo legal (partidos independentistas mais CatComú-Podem).
No entanto, o partido vencedor das eleições foi o Cidadãos, mas a cabeça de lista, Inés Arrimadas, admitiu que não poderá ser chefe do governo regional, considerando a "lei injusta" que "dá mais lugares a quem tem menos votos" na rua.
As eleições foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, no final de outubro, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont por ter declarado unilateralmente a independência da região.
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