“Eduardo Cabrita não perdeu as condições para ser ministro agora. Perdeu há quase dois anos, quando o cidadão ucraniano Ihor Homenyuk foi assassinado e torturado às mãos de forças de segurança portuguesas”, disse Catarina Martins num comício realizado na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, no distrito de Setúbal.
“Ter prolongado este mandato, de equívoco em equívoco, de declaração desastrosa em declaração desastrosa, não fez nenhum bem ao país. Se esta saída não é o centro do debate da política que teremos, ou do que será a política de segurança, seguramente só peca por ter vindo tarde”, acrescentou.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, demitiu-se na passada sexta-feira, na sequência da acusação de homicídio por negligência do Ministério Público ao seu motorista pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.
Numa declaração aos jornalistas, em Lisboa, onde fez um balanço do seu mandato, Eduardo Cabrita referiu-se ao acidente que provocou a morte de um trabalhador na autoestrada dizendo que “mais do que ninguém” lamenta “essa trágica perda irreparável” e deixou críticas ao “aproveitamento político que foi feito de uma tragédia pessoal”, algo que disse ter observado “com estupefação”.
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