"Desde 10 de janeiro, 7.989 pessoas foram detidas", informou o Ministério do Interior num comunicado publicado no seu 'site'.

Pelo menos 164 pessoas morreram em protestos no país, segundo dados não-governamentais, enquanto o regime aponta para cerca de duas dezenas de mortos.

Os protestos transformaram-se em violência na semana passada e levaram a uma aliança militar liderada pela Rússia, responsável por enviar tropas ao país.

As autoridades disseram ter recuperado o controlo dos edifícios administrativos ocupados pelos manifestantes que apelidam de “terroristas” com apoio estrangeiro, embora os protestos não tenham mostrado líderes ou organizações óbvias.

O ex-chefe da agência antiterrorismo do Cazaquistão Karim Masimov foi detido por suspeitas de tentar derrubar o Governo, poucos dias depois de ter sido demitido do cargo de chefe do Comité de Segurança Nacional por Tokayev.

Rico em hidrocarbonetos, o Cazaquistão foi abalado por uma onda de protestos sem precedentes desde a sua independência, em 1989, que resultaram na morte de dezenas de pessoas.

Os protestos começaram no domingo nas províncias após uma subida do preço do gás, antes de se espalharem pelas grandes cidades, especialmente Almaty, onde as manifestações se transformaram em tumultos contra o regime.

Um contingente de tropas da Rússia e outros aliados de Moscovo chegou ao Cazaquistão na quinta-feira para apoiar o Governo, protegendo edifícios estratégicos e colaborando na operação antiterrorista e de manutenção da paz.