Em declarações à imprensa, Hélder Amaral manifestou satisfação pelo primeiro convite endereçado ao partido para participar de um congresso do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

“Pela primeira que nos convidaram, estamos presentes, queremos fortalecer essa relação, ela já existia em termos parlamentares e estamos no fundo a ver, a ouvir e a perceber melhor, a ver de que forma podemos ser úteis, a mostrar a nossa disponibilidade e no fundo tentar que se perceba que esses dois países têm ligações que ultrapassam qualquer dificuldade", referiu o político português.

O ex-vice-primeiro-ministro e ex-presidente do CDS Paulo Portas esteve hoje presente, em resposta a um convite feito a título pessoal e não falou aos jornalistas.

Hélder Amaral frisou que hoje a linguagem é comum aos dois partidos, depois de algum distanciamento entre as duas forças políticas, salientando que "é um caminho natural que se foi fazendo" e que o CDS fez aquilo que tem feito sempre, que é "saber ler os tempos, os sinais, adaptar-se e atualizar-se".

"Espero que seja o primeiro de muitos congressos e esperamos também ter no nosso congresso representantes do MPLA", disse o dirigente do CDS-PP, considerando normais as relações entre Portugal e Angola, "apesar das normais turbulências que têm que ser entendidas como normais em países que têm uma proximidade tão grande".

O deputado acrescentou que na questão da crise económica e financeira que Angola vive e que Portugal também enfrentou, os dois países encontram pontos em comum, nomeadamente a diversificação económica.

"O Presidente [José Eduardo dos Santos] falava porventura em encontrar imaginação e nós costumamos dizer em Portugal, um país que não tem recursos naturais só pode sobreviver com imaginação e inovação, mais um ponto de contacto e por isso é que eu digo que estamos cada vez mais próximos", adiantou.

"Agora, não temos que andar lado a lado, isso não é necessário, temos é que caminhar para o mesmo sentido", realçou.

Hélder Amaral disse que o mesmo exemplo de ponderação e bom senso dado pelo CDS-PP também é evidenciado no MPLA, mais um sinal de que "os dois países, os dois partidos, têm tudo para que essa relação seja cada vez mais forte".

Além do CDS-PP, estão igualmente presentes no Congresso do MPLA delegações dos partidos portugueses como o PS, PSD e PCP.

No congresso, que decorre sob o lema "MPLA como o povo rumo à vitória", estão presentes as várias representações diplomáticas acreditadas em Luanda, bem como delegações de partidos estrangeiros, da China, Cuba, Moçambique, Brasil, Guiné-Bissau, Coreia do Norte, República Democrática do Congo, República do Congo, Guiné-Conacri, Tanzânia, Botsuana, Etiópia, Palestina, Suécia e Vietname.