“Entendemos que o aumento do salário mínimo nacional é uma competência exclusiva da concertação social, pelo que é indispensável haver um acordo dos empregadores, que é quem paga salários e cria emprego em Portugal”, disse hoje Francisco Rodrigues dos Santos, no final de uma reunião com a administração do Porto de Sines.
Para o líder centrista, se a concertação social, “com as devidas salvaguardas e acomodando esta medida com contrapartidas para os empregadores, entender que é viável, o CDS-PP não se oporá que isso aconteça” embora, considere ser importante “auscultar o terceiro setor, as instituições sociais”.
“Aumentando o salário mínimo nacional [as instituições sociais] vão ter um aumento das despesas com os vencimentos e podem estar a colocar em causa a sua própria existência numa altura em que são tão precisas para apoiar os mais vulneráveis da nossa sociedade”, alertou.
Francisco Rodrigues dos Santos lembrou que sempre que o Governo decidiu aumentar o salário mínimo nacional “não aumentou correspondentemente o apoio destas instituições que se viram à mingua afetadas, algumas delas incapazes de prover a sua ajuda social aqueles que mais precisam”.
“Numa altura destas, aumentar o salário mínimo nacional, com a economia como está, sem o acordo da concertação social, pode significar o inverso daquilo que o Governo pretende que é criar desemprego, criar dificuldades às empresas que podem não sobreviver e abrir insolvências e prejudicar as famílias que queremos proteger”, defendeu.
Após uma reunião com a administração do Porto de Sines, no distrito de Setúbal, o líder do CDS-PP sublinhou a importância desta infraestrutura portuária para a economia nacional “assumindo uma centralidade estratégica do ponto de vista energética e como porto de entrada e saída de mercadorias”.
“Basta avaliar o contributo liquido que tem para o PIB (Produto Interno Bruto) português assim como para a balança comercial, nomeadamente na área das exportações, para perceber que esta vocação de transação comercial é bastante relevante para o nosso país e que pode ser intensificada”, frisou.
Além de elogiar a “gestão exemplar de uma PPP que dá lucro”, o líder centrista , considerou que “esse lucro tem de ser reinvestindo, ampliando, para fazer face às necessidades económicas deste porto, mas também dando autonomia de gestão para poder ser cada vez mais competente, produtivo e internacionalizar todas as rotas que por aqui passam”.
“Para a economia crescer trará sempre como farol o porto de Sines, não só considerando os interesses portugueses, mas também como porta atlântica de entrada na Europa protegendo este bloco económico onde Portugal pode ter o interesse nevrálgico e central”, concluiu.
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