“A sensação que dá é que se a Europa desacelera, Portugal desacelera e o Governo português vai-se deixando ir pela maré sem ter a preocupação de aproveitar as oportunidades que todos os anos temos”, disse, em declarações aos jornalistas, à margem de um visita à 13.ª edição da iniciativa “Portugal Exportador”, no Centro de Congressos de Lisboa.
O crescimento da economia portuguesa abrandou no último trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a avançar 2,1% em termos homólogos e 0,3% em cadeia, sobretudo devido a um abrandamento do consumo, segundo dados hoje divulgados pelo INE.
Os dados indicam que no primeiro trimestre do ano foram registados crescimentos abaixo dos 2,4 e de 0,6%.
“Nós só conseguimos fazer mais e melhor se conseguirmos consistentemente internacionalizar, por um lado, a nossa economia e, por outro lado, um trabalho muito intenso de atração de investimento direto estrangeiro para o nosso país”, defendeu Assunção Cristas.
A líder do CDS-PP alertou que para um desenvolvimento sustentado das empresas é preciso uma garantir “condições de estabilidade fiscal”.
“É preciso fazer mais e de forma consistente e não nos deixarmos arrastar por uma conjuntura económica que já foi mais favorável do que está a ser neste momento”, disse.
Para Assunção Cristas, “parece que o Governo se deixa ir com a maré da Europa para o bem e para o mal”, ao invés de tomar medidas que “contrariar essa tendência” com políticas ativas de crescimento.
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