"Encaramos com enorme preocupação. Numa área tão sensível como o SEF, esta demissão ou decisão de demitir por parte da ministra a diretora geral do SEF configura um saneamento político", disse à agência Lusa Nuno Magalhães.
O líder parlamentar do CDS-PP afirmou que vai pedir, com urgência, a presença da "ora demitida diretora-geral do SEF" e da ministra da Administração Interna para poderem dar "as explicações devidas" no parlamento.
Nuno Magalhães referiu que a ministra Constança Urbano de Sousa reconheceu "mérito, experiência profissional e competência" há cerca de um ano e meio à diretora do SEF na sua tomada de posse.
"Agora muda de opinião e diz que há um incumprimento de objetivos que se percebe porquê. É o facto da diretora, e bem, ter alertado para uma alteração da Lei da Imigração em nome do SEF que está a provocar um efeito de chamada nunca visto num país da União Europeia e em contraciclo à realidade e opções da União Europeia, que pode por em risco a segurança nacional", afirmou.
O líder parlamentar do CDS-PP disse que os pedidos de visto ultrapassam a média em mais de 10 mil e considerou que a ministra revela uma "impreparação e incapacidade para o lugar".
"Prefere, em nome da sua manutenção no cargo, sanear quadros, do ponto de vista politico, da direção-geral do SEF, desautorizar os serviços que tutela para proteger o seu lugar e o apoio político do BE, que propôs a lei, e do PCP", salientou.
A diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luísa Maia Gonçalves, apresentou hoje a sua demissão, na sequência de uma reunião solicitada pela ministra da Administração Interna com a intenção de a exonerar, anunciou o Governo.
"A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, convocou hoje, dia 04 de outubro, a diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luísa Maia Gonçalves, para uma reunião com o propósito de lhe comunicar a sua intenção de a exonerar, tendo Luísa Maia Gonçalves apresentado a sua demissão", segundo um comunicado hoje divulgado pelo Ministério da Administração Interna.
No comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) não avança quais foram as razões da demissão.
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