
Viajar de avião é, estatisticamente, uma das formas mais seguras de transporte. Ainda assim, quando ocorrem acidentes, os números são devastadores e as consequências marcantes — tanto para as vítimas como para a indústria.
Ao longo da história, vários desastres aéreos chocaram o mundo, muitos dos quais mudaram para sempre as normas de segurança e os procedimentos técnicos.
Desastre de Tenerife
No dia 27 de março de 1977, dois Boeing 747, da KLM e Pan Am, chocaram na pista do aeroporto de Los Rodeos, nas Canárias, durante uma tempestade de nevoeiro.
Morreram 583 pessoas, no que foi o maior desastre da aviação civil da história.
Uma vez que uma dos causas do acidente foi a falha de comunicação entre os pilotos, a tragédia levou à reformulação os protocolos de comunicação entre as tripulações e os controladores de tráfego aéreo.
Voo Saudia 163
A 19 de agosto de 1980, o voo Saudia 163, que partia de Riade a caminho de Jidá, incendiou após a descolagem.
A tripulação conseguiu aterrar de emergência mas todos os 287 passageiros e 14 tripulantes a bordo morreram por inalação de fumo.
Voo Air India 182
Um Boeing 747 explodiu, a 23 de junho de 1985, enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, devido a um atentado terrorista.
Uma das malas no porão tinha uma bomba, que ao explodir causou uma descompressão, e matou 329 pessoas.
O autor do ataque usou um nome e documentos falsos para enviar a bagagem para o porão, mas não embarcou no voo.
Voo Japan Airlines 123
A 12 de agosto de 1985, um Boeing 747, que viajava de Tokyo para Osaka, no Japão, sofreu uma descompressão explosiva e despenhou-se no Monte Takamagahara, depois de menos de uma hora no ar.
Morreram 520 pessoas, e sobreviveram apenas quatro.
O acidente provocou revisões profundas nos procedimentos de manutenção e inspeção da Boeing.
Colisão aérea de Charkhi Dadri
No dia 12 de novembro de 1996, um Boeing 747, operado pela Saudi Arabian Airlines, e um Ilyushin II-76, operado pela Kazakhstan Airlines, colidiram no ar, a cerca de 100 quilómetros de Deli, na Índia.
Todos os 349 passageiros e tripulantes das duas aeronaves morreram.
Segundo a comissão que investigou os dados, o acidente ocorreu devido a um erro de compreensão de inglês pelo piloto a bordo do II-76.
Mistério do voo Malaysia Airlines 370
Na madrugada de 8 de março de 2014, a aeronave que realizava a rota entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, desapareceu dos radares após aproximadamente uma hora de voo, enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia.
A bordo iam 227 passageiros e 12 tripulantes.
Até ao momento do desaparecimento dos radares, a tripulação não relatou nenhuma anomalia com o voo.
A 24 de março de 2014, o governo da Malásia declarou que o voo tinha caído no Oceano Índico, sem deixar sobreviventes.
Segundo registos feitos por satélites, o avião ainda voou durante várias horas após ter desaparecido dos radares e chegou mesmo a esgotar o combustível. Todos os sistemas de comunicação foram desativados.
Depois de três anos de buscas extensas, comandadas da governos da Austrália, da Malásia e da China, os destroços da aeronave nunca foram localizados.
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