No final de uma visita ao Centro de Estudos de Fátima, um estabelecimento de ensino com contrato de associação com o Estado mas cujo financiamento foi reduzido, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, adiantou que o programa eleitoral incluirá propostas para reforçar este tipo de mecanismos, especialmente onde não exista rede pública.

"Escolas como esta, que fazem um trabalho notável, poderão continuar o trabalho no quadro de contratos de associação, um mecanismo que deve ser reforçado, muito em particular onde não há rede pública", defendeu a presidente do CDS-PP.

Para Assunção Cristas, a medida corresponde a "necessidades das populações" e garante "uma verdadeira igualdade de oportunidades" e "um princípio de liberdade de escolha" na educação.

"Este modelo [de contratos de associação] tem provado que funciona com grandes vantagens, quer para os contribuintes quer para as famílias", disse, sustentando que, para o CDS-PP, é para continuar e, se possível, até reforçar".

A líder dos centristas criticou as medidas do Governo nesta área, exemplificando com o caso do Centro de Estudos de Fátima, que reduziu o número de turmas na sequência de um corte no financiamento do Estado.

"Temos crianças que vivem muito perto desta escola mas", devido à redução do número de turmas, "têm de fazer dezenas de quilómetros por dia para frequentar uma escola em Leiria ou menos na Marinha Grande. Isso não é aceitável", considerou.

Assunção Cristas adiantou ainda que o programa eleitoral do CDS-PP, que apresentará em setembro, proporá "cobertura de creches em todo o país", através de um modelo de contratualização "também o setor privado e social", visando também combater o "problema da natalidade".

"Essa é a forma mais rápida de atingirmos o objetivo e com menos custos para o contribuinte. Há oferta instalada na área privada que pode ser aproveitada e, com isso, resolver o problema das famílias", acrescentou.

"Para o CDS", sublinhou, "é muito mais importante fazer uma política centrada nas pessoas, dando resposta às necessidades das pessoas, com um custo pelo menos igual e se possível menor para os contribuintes, do que saber se a escola ou se a creche ou se o pré-escolar é do setor do Estado, do setor social ou do privado".

Questionada sobre a sondagem da Pitagórica para o JN e TSF, publicada no início da semana, que dá a possibilidade de o PS obter maioria absoluta nas legislativas de outubro, Assunção Cristas disse apenas que "o CDS trabalha todos os dias para contrariar esse cenário, afirmando propostas muito concretas em questões que tocam todo os dias na vida das pessoas".