Numa pergunta enviada ao Ministério da Saúde, através da Assembleia da República, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, quer saber se o Governo está em condições de garantir que “está a ser assegurada a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população servida pelos hospitais do distrito de Setúbal”.

O CDS encara estes problemas “com preocupação, considerando ser absolutamente necessário e prioritário assegurar tanto o acesso à saúde, como a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população, independentemente da vaga de frio ou da época mais acentuada de síndrome gripal”.

No texto da pergunta, os centristas recordam os “elevadíssimos tempos de espera, nalguns casos a chegar às 12 horas”, com “dezenas de doentes em salas e corredores sobrelotados com macas ou, inclusive, à espera dentro das ambulâncias à porta dos serviços”.

Em 03 de janeiro, “os tempos de espera em alguns hospitais eram superiores a seis horas para os casos considerados não graves”, lê-se ainda no texto.

Já hoje, a comissão de utentes da saúde do concelho do Seixal deu conta dos atrasos no atendimento das urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, avançando que na madrugada de quinta-feira chegaram a atingir as 18 horas.

José Lourenço, da comissão de utentes, disse à agência Lusa que estes atrasos, “muito superiores ao tolerável”, estão relacionados com o “tardio acionamento do Plano de Contingência da Gripe”, na sexta-feira.

Depois de ter sido acionado este plano, José Lourenço disse que o tempo de espera para atendimento das urgências do Hospital Garcia de Orta melhorou.

Em 03 de janeiro, a Ordem dos Enfermeiros e profissionais da unidade revelaram à Lusa que o serviço de urgência do hospital do Barreiro tem estado, nos últimos dias, em sobrelotação, com o dobro dos doentes em observação em relação à sua capacidade.