“O Estado não pode continuar de braços cruzados quando muitos idosos têm de escolher entre comprar um medicamento ou comprar um pão para comer”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, adiantando que o partido vai propor no parlamento a criação de “um 'vale farmácia' que ajude os idosos a comprar os seus medicamentos”.

A franja mais velha da população é aquela que “neste momento mais precisa de aviar as suas receitas nas farmácias”, justificou o presidente do CDS.

Francisco Rodrigues dos Santos encerrou hoje a escola de quadros da Juventude Popular, que decorreu deste sexta-feira em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, momento que assinalou também a ‘rentrée’ política do CDS.

O presidente do CDS assinalou a criação do Grupo para a Recuperação Económica e Social de Portugal, que junta personalidades como António Lobo Xavier, “está a colher contributos dentro e fora do partido”, e terá como primeiro desafio o Orçamento do Estado (OE).

Uma das prioridades do CDS neste âmbito serão os idosos, e o partido “estará na linha da frente na promoção enérgica dos seus direitos”, adiantou o líder.

Relativamente aos lares de idosos, lamentou que o Governo “continua a agir tarde e a apoiar com pouco”, e alertou que esta “incompetência é altamente perigosa”.

“A negligência grosseira e a demissão das responsabilidades do Estado para com as instituições do terceiro setor demonstra bem a decadência moral do estado a que chegámos com esta pandemia”, advogou o presidente centrista, defendendo um reforço das verbas para as instituições de apoio social.

Francisco Rodrigues dos Santos pediu ainda que seja desencadeado um “processo nacional de regularização dos lares considerados ilegais”, apontando que “há mais lares ilegais ou clandestinos” em Portugal do que aqueles oficiais, e “albergam 35 mil idosos”.

Neste âmbito, o líder centrista observou que as anunciadas brigadas de intervenção rápida para prestar apoio a estes utentes “não estão no terreno” e que diariamente são conhecidas notícias de focos de contágio por covid-19 nestas instituições, que “vão aumentando de intensidade”.

“Quantos mais crimes humanitários como aquele que aconteceu em Reguengos serão necessários para que o Governo não falhe decisivamente no apoio aos idosos e ao terceiro setor”, questionou, assinalando que o executivo de António Costa “continua a não estar à altura das suas responsabilidades”.

De acordo com o presidente, nas propostas que quer ver incluídas no OE para 2021 o CDS vai focar-se também no apoio às famílias e às empresas, e quer “um Estado forte na área social, na saúde, na segurança e na transparência”.

Por exemplo na área da saúde, Rodrigues dos Santos defendeu que “é necessário apresentar um plano urgente para a redução das listas de espera” e para que o combate à covid-19 não seja obrigue a uma desatenção aos restantes doentes.

“Não queremos que nenhum português fique para trás”, assinalou, garantindo que “o CDS vai ser uma rede de segurança para apresentar boas soluções”.

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