“Chegou entretanto à CDU a informação de que foi criada uma ‘lista negra’ com a discriminação da matrícula, marca, modelo, local onde a viatura foi identificada em irregularidade, bem como o valor acumulado de avisos (‘recibos’ passados pelos agentes da concessionária), lista essa na qual são colocadas as viaturas com três ou mais avisos a aguardar pagamento”, lê-se no comunicado da CDU sobre o assunto.

No mesmo documento, a CDU refere que “terá sido ainda determinado que as viaturas em causa devem ser bloqueadas ou rebocadas quando estacionadas em irregularidade”, com a agravante de que “o pagamento dos custos associados ao bloqueamento ou reboque não retira a viatura desta lista”.

“Para sair dela, o proprietário terá que pagar o valor acumulado dos avisos antes emitidos, independentemente da sua validade, sob pena de ver a sua viatura bloqueada ou rebocada”, acusam os comunistas, que pediram esclarecimentos à Câmara Municipal.

A CDU refere, a título de exemplo, que “o proprietário de um automóvel que seja reconhecido em infração numa rua com parcómetros com o custo de um euro por hora, e se tiver três avisos a aguardar pagamento” é confrontado com um aviso de pagamento que pode ir até aos 181 euros.

A Câmara Municipal do Porto anunciou a 16 de fevereiro que vai encaixar "à partida" oito milhões de euros com a concessão de estacionamento da cidade que entrou em vigor hoje para 4.227 lugares, podendo chegar aos 6.000 no primeiro ano.

No total, a empresa EPorto (consórcio composto pela Empark, Resopre e Dornier) que venceu um concurso público em setembro do ano passado, vai ter "no arranque" 4.227 lugares de estacionamento, tendo a obrigação de se expandir até aos 6.000 no primeiro ano.

Serão duas as taxas a cobrar: a “A” de 0,50 euros/hora nas zonas de Guindais, Sé, Cordoaria, Alfândega, Hospital Santo António, Cedofeita, e a “B” de 1,00 euros/hora na Ribeira, Mouzinho, Batalha, Aliados, Carlos Alberto, Trindade e Bolhão.