Cecília Meireles, Ana Rita Bessa, Assunção Cristas — dentro de dias substituída por João Gonçalves Pereira —, Telmo Correia e João Pinho de Almeida fazem, todos eles, parte da candidatura que hoje perdeu a eleição (como líder e apoiantes), a segunda mais votada, com 562 votos (38,9%).

Resta saber se o segundo lugar será suficiente para aguentar a pressão do "deputado sombra", com ontem se auto apelidou Francisco Rodrigues dos Santos, o novo presidente do CDS.

A líder da bancada parlamentar do CDS-PP reconhece que "não é inédito" haver pressões sobre quem fica, e à pergunta se está preparada para o embate, responde: "tenho uma solução ideal para facilitar estes anos, é ocupar-me menos com esse tipo de assuntos. Não sou o género de pessoa que se ocupa dessas coisas. Se acontecer, logo vejo. Agora tenho um orçamento do Estado para acabar. Essa não é sequer a minha décima prioridade [...]. Se eu estiver preocupada com isso e não estiver preocupada com o que estou fazer para representar quem me elegeu, estou a fazer um péssimo trabalho. E eu não me distraio", conclui.

Ontem, Cecília Meireles afirmou que a liderança do grupo parlamentar “estará sempre à disposição”: "Francisco, olhos nos olhos também, agradeço as tuas palavras, reitero as minhas de que o meu lugar de líder parlamentar estará sempre à disposição do partido e, mais do que tudo, agradeço-te, do fundo do coração, a campanha que fizemos juntos”, disse.

Hoje, repetiu ao SAPO24 que quer o melhor para o CDS. No discurso de apresentação da moção que apresentou ao 28.º Congresso do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que, caso fosse eleito, como aconteceu, contaria com Cecília Meireles à frente da bancada parlamentar e para representar a direção do partido na Assembleia da República. Chicão, como é conhecido, foi número dois na lista do partido pelo Porto, círculo onde os centristas elegeram apenas um deputado, Cecília Meireles.