“A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) informa que, cerca de 100 caminhões vindos do Mato Grosso chegaram a Brasília e estão sendo escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) até à área designada pelo Comando Militar do Planalto (CMP), do Exército Brasileiro (EB), no Setor Militar Urbano”, indicou a secretaria do Distrito Federal, numa nota enviada ao portal Poder360.

Os manifestantes carregam bandeiras e sinais brasileiros exigindo uma “intervenção federal” dos militares para impedir a tomada de posse de Lula da Silva, que derrotou o Presidente Jair Bolsonaro por 1,8 pontos percentuais nas urnas em 30 de outubro.

A fila de camiões encontra-se estendida durante vários quilómetros dos portões do quartel-general do Exército, situada a cerca de sete quilómetros da Praça dos Três Poderes, onde se encontram as sedes do Governo, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal.

Centenas de pessoas a pé juntaram-se à aérea de estacionamento dos veículos, que teve lugar de forma pacífica e sob a vigilância de um grande número de soldados.

As forças armadas deverão hoje entregar ao sistema de justiça eleitoral um relatório que fizeram sobre as eleições presidenciais e legislativas de outubro.

A pedido de Jair Bolsonaro, os militares participaram pela primeira vez como observadores das eleições e do sistema de votação, que foi alvo de uma campanha difamatória por parte do líder brasileiro nos meses que antecederam as eleições, apesar de as urnas nunca terem sido objeto de alegações de fraude.

Camionistas encenaram centenas de bloqueios de estradas por todo o país nos três dias após as eleições, mas levantaram os protestos após Bolsonaro ter apelado aos seus apoiantes para que não cortassem a livre circulação dos cidadãos.

Em 02 de novembro, um feriado público, milhares de pessoas manifestaram-se fora dos quartéis militares nas principais capitais do Brasil para pedir um golpe de Estado contra os resultados eleitorais.

Embora a intensidade dos protestos tenha diminuído significativamente desde então, alguns pequenos grupos ainda insistem em manifestar-se em frente a quartéis espalhados pelo país.