Em comunicado, aquela autarquia do distrito de Braga refere que a decisão de encerramento foi aprovada, por unanimidade, pela Comissão Municipal de Proteção Civil de Guimarães, em reunião hoje realizada.

A reunião contou com a participação da delegada de Saúde Pública, Hospital de Guimarães, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alto Ave, presidentes de juntas de freguesia, bombeiros de Guimarães e das Taipas, PSP e GNR, que “manifestaram total concordância” com a proposta apresentada pelo presidente da Câmara, Domingos Bragança.

O autarca apelou a “um esforço de todos” para “impedir a propagação do vírus”, tendo em conta o aumento de casos positivos verificado nas últimas semanas.

Lembrou que o agravamento das medidas restritivas pode ser aplicado em diferentes territórios, numa região, concelho ou freguesia.

“Não queremos que tal aconteça em Guimarães. É importante envolver todos os vimaranenses neste combate, especialmente pela compreensão e pedagogia, contando muito com a colaboração dos presidentes das juntas de freguesia”, referiu Domingos Bragança, citado no comunicado.

Disse ainda ser “fundamental” que a memória dos entes queridos, nos cemitérios, “seja realizada de modo diferente ou com antecedência, perante um quadro excecional que se vive devido à pandemia da covid-19″.

Também citada no comunicado, a delegada de Saúde, Fátima Dourado, classificou a situação de Guimarães como “má” no que diz respeito à pandemia.

“Para evitar ajuntamentos, estas medidas devem ser tomadas a fim de interromper as cadeias de transmissão. É um dia muito particular, emotivo, propício a abraços”, salientou a responsável pela Saúde Pública no território concelhio.

Também o diretor do ACES do Alto Ave considerou que o encerramento dos cemitérios se justifica “pelo momento” que se está a viver.

“Estamos perante um período excecional e grave, com consequências trágicas para a sociedade. Tudo o que tivermos de fazer para reduzir o impacto de transmissão do vírus é importante, sobretudo quando envolve momentos de questões emocionais e famílias como o Dia de Todos os Santos”, referiu Novais de Carvalho.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.