“Atualmente, a situação é de conflito latente, que é de extermínio, entre as centrais sindicais. O conflito que existe no seio do movimento sindical em Portugal não tem paralelo, nem com Itália ou com Espanha, e contribui para o desequilíbrio que vive atualmente a negociação coletiva”, disse Monteiro Fernandes, numa conferência promovida pela UGT.

O ex-secretário de Estado do Trabalho do executivo de António Guterres defendeu, a este propósito, que no âmbito da representatividade sindical “há um tabu que tem de ser superado”.

“Ambas as centrais – UGT e CGTP – têm a garantia de ser representativas, mas por que não reconhecer que uma tem menos filiados que a outra? São ambas confederações representativas dos trabalhadores”, sublinhou o professor.

António Monteiro Fernandes considerou que “as estruturas sindicais em Portugal caminham para a irrelevância, na medida em que ou são usadas, ou ignoradas pelo poder político e económico”, sendo um bom exemplo dessa realidade “o processo da ‘troika’”.

Evidenciando que “nada substitui um sindicato”, o ex-governante frisou que estes têm de ganhar relevância, pois a sua extinção “seria um desastre para as empresas e para a economia, antes de ser um desastre para os trabalhadores”.

“O movimento sindical tem de voltar à relevância”, reforçou o professor.

A UGT promove ao logo do dia de hoje uma conferência na sua sede, em Lisboa, para debater a negociação coletiva.

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