“Quando este novo projeto entrar em funcionamento, a capacidade renovável da Iberdrola em Portugal alcançará os 1.519 MW, dos quais 1.158 MW serão de tecnologia hidroelétrica, 255 MW de fotovoltaica, 14 MW de armazenamento em forma de bateria e 92 MW de energia eólica atualmente em operação”, informou hoje em comunicado a energética espanhola.

Segundo a empresa, o projeto mais recente consiste numa central fotovoltaica com 83 MW de capacidade instalada, com uma entrada de bateria de cerca de 14 MW, que permitirá “estabilizar o sistema e gerir a descarga na rede em momentos de grande procura”.

Já no primeiro leilão de energia solar, que decorreu em 2019, a Iberdrola tinha adjudicado o equivalente a 172 MW de tecnologia fotovoltaica, com projetos localizados nas regiões do Algarve e Vale do Tejo, que, diz, estarem em desenvolvimento.

Atualmente, a empresa não tem ainda produção fotovoltaica em Portugal.

O maior projeto que o grupo tem atualmente em desenvolvimento em Portugal é o complexo hidroelétrico do Tâmega, o maior do género em curso em Portugal, que envolve a construção de três novas centrais (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), com uma potência total de 1.158 MW e um investimento superior a 1.500 milhões de euros.

Segundo a empresa espanhola, as centrais de Gouvães e Daivões vão entrar em funcionamento em 2021, conforme previsto.

Quando o complexo do Tâmega arrancar, a Iberdrola estima que a energia elétrica instalada no país aumente em 6% e que seja fornecida energia proveniente de fontes renováveis a 440 mil casas.

Em janeiro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Sistema Eletroprodutor do Tâmega é “estratégico” para permitir o encerramento das duas centrais a carvão ainda em funcionamento, a do Pego em 2021 e a de Sines em 2023.

Em 26 de agosto, o ministro do Ambiente anunciou que o leilão solar em que foram adjudicados 670 megawatts (MW) bateu “um novo recorde do mundo” com o preço de 11,14 euros MW-hora (MW/h), na modalidade de preço fixo.

A empresa sul-coreana Hanwha Q-Cells foi a “grande vencedora” deste segundo leilão solar, que decorreu nos dias 24 e 25 de agosto, tanto em número de lotes (seis), como em capacidade adjudicada (total de 315 MW).

Os restantes lotes leiloados foram adjudicados pelas empresas espanholas Iberdola e Endesa (um cada uma), a francesa Tag Energie (dois lotes), a alemã Enerland (um lote) e a espanhola Audax (2 lotes).

De acordo com o ministro, com este leilão, conseguem-se ganhos para os consumidores na ordem dos 559 milhões de euros a 15 anos.