"Sabemos que, no curto a médio prazo, o mercado de gás está completamente preenchido, existem muitos projetos em curso e há muita concorrência", admitiu.
Porém, Carlos Gomes da Silva acredita, "a mais longo prazo, o gás natural vai desempenhar um papel importante, juntamente com as renováveis".
"No futuro, vemos o gás como um elemento chave em garantir que somos capazes, como civilização, em fazer uma transição [energética] o mais suave possível", vincou, em resposta a uma pergunta durante o Dia do Investidor, a decorrer em Londres.
A Galp está em fase avançada na operação de extração de gás natural em Moçambique, com 63% do projeto em Coral completo em 2019, estando prevista a produção em 2022.
Em Rovuma, também em Moçambique, a produção deverá começar em 2025, um projeto do qual a Galp espera obter uma grande rentabilidade, equivalente a mais 40 mil barris por dia e mais de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros) de 'free cash flow' por ano.
Apesar da aposta em energias renováveis, com a aquisição de construção de projetos de produção de energia fotovoltaica na Península Ibérica que deverá alcançar 3,3 gigawatts (GW) até 2023, a exploração de petróleo continua a ser a principal fonte de rendimentos da Galp.
No Brasil, o bloco de Lula tem atualmente uma capacidade instalada de 1,3 milhões de barris de petróleo por dia, tendo o diretor de operações [Chief Operation Officer, COO], Thor Kristiansen, afirmado que este projeto é "muito rentável", com grandes reservas e um grande potencial.
No bloco de Bacalhau (ex-Carcará), Kristiansen disse que a decisão final de investimento na primeira fase deverá ser feita ainda este ano e início de produção nos próximos três a quatro anos.
O COO da Galp destacou ainda o bloco de Uirapuru, no Brasil, e os blocos 6, 11 e 12 em São Tomé e Príncipe como ativos com grande potencial, que poderão contribuir para um impulso no crescimento da empresa.
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