Esta informação consta do comunicado enviado à redação do Diário de Notícias (DN), a que a Lusa teve hoje acesso.
As delegadas sindicais do DN reuniram-se hoje com o presidente da Comissão Executiva da Global Media Group (GMG), José Paulo Fafe, num encontro em que também esteve presente o administrador com o pelouro financeiro, Filipe Nascimento.
"A reunião teve como objetivo principal levar à administração as preocupações transmitidas pela redação no plenário do passado dia 14 de dezembro, designadamente a oposição à decisão de pagamento do subsídio de Natal de 2023 em duodécimos de 12 meses, em 2024, e a proposta, aprovada pelo mesmo plenário, de esse subsídio ser pago em duas tranches, nos meses de janeiro e fevereiro", lê-se no comunicado.
"Advertido de que, se tal não acontecesse, a redação poderia responder em conformidade com ações de protesto, o CEO José Paulo Fafe, declarou que não podia assumir esse compromisso, tendo em conta a atual situação financeira da GMG, colocando a prioridade no pagamento de salários", adiantam as delegadas sindicais no comunicado.
"Sobre o risco dos salários de dezembro não serem pagos ou serem, de novo, pagos com atraso, o CEO garantiu que o pagamento dos vencimentos não está em causa, comprometendo-se, ainda assim, a avisar os trabalhadores até ao dia 27, caso seja obrigado a dilatar o prazo de pagamento", refere.
Face a estas informações, será considerada a convocação de um novo plenário para a redação "decidir as próximas medidas a tomar".
Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a GMG avançou que iria negociar "com caráter de urgência" rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
O programa de rescisões na GMG que detém além do DN, a TSF e o Jornal de Notícias, entre outros, termina na próxima quarta-feira, 20 de dezembro, confirmou hoje à Lusa fonte oficial da administração.
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