“Vamos começar a abastecer combustível de aviação a companhias aéreas no aeroporto de Lisboa”, disse aos jornalistas o presidente da Cepsa em Portugal, Álvaro Díaz Bild, que falava em Lisboa, à margem da apresentação do estudo Cepsa Energy Outlook, com dados sobre as tendências de consumo energético até 2030.
De acordo com o responsável, a companhia espera que isso aconteça “ao longo de 2018”.
Porém, ainda “estamos em negociações”, ressalvou Álvaro Díaz Bild, quando questionado sobre quais as transportadoras aéreas abrangidas e sobre qual o modelo de funcionamento.
O sistema de abastecimento de combustível no aeroporto de Lisboa é atualmente gerido pelo Grupo Operacional de Combustíveis (GOC), estrutura que é composta pelas principais petrolíferas e liderada pela Petrogal.
Álvaro Díaz Bild foi também questionado pelos jornalistas sobre a atual situação do setor em Portugal, que tem gerado contestação devido ao aumento dos preços nos combustíveis, mas o responsável optou por não fazer nenhum “comentário especial”.
Mais de metade do preço de venda dos combustíveis em Portugal resulta de taxas e de impostos, sendo o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) o que representa a maior fatia do valor pago pelos consumidores.
“É um modelo de tributação similar a outros países europeus. Não posso dizer se são elevados ou não, penso que isso é uma decisão do Governo”, observou o presidente da Cepsa em Portugal.
Apesar de admitir o peso dos impostos no negócio da companhia, Álvaro Díaz Bild disse entender que “cada Governo tem as suas necessidades de equilíbrio fiscal e de orçamento”.
O responsável apontou ainda que os principais projetos da companhia petrolífera este ano para Portugal são “crescer em postos de abastecimento” e “manter a posição” nas vendas.
Relativamente à rede de distribuição, a Cepsa quer ter mais 10 postos de abastecimento no país, que acrescem aos 250 já existentes.
Quanto às vendas, o objetivo é aumentá-las entre 5 a 8% até ao final do ano, precisou, notando, contudo, que o montante a faturar “depende do preço do petróleo”.
Além destes projetos, acresce uma aposta na área das energias renováveis, mas isso não deverá avançar ainda este ano.
Em 2018, arranca um projeto piloto de energia eólica da Cepsa em Espanha, que depois deverá ser replicado em Portugal.
“Para nós é muito interessante a área das energias renováveis. Achamos que temos de nos adaptar ao futuro e o futuro são as energias renováveis e a mobilidade elétrica”, defendeu Álvaro Díaz Bild.
Nessa área, “Portugal é muito interessante para nós porque é um país líder mundial em energias renováveis”, concluiu o responsável.
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