Na Praça da Palestina e tendo como pano de fundo uma bandeira palestiniana, a iniciativa que segundo a organização contou com o apoio de "50 organizações" e motivou um apelo à paz "subscrito por 100 personalidades" uniu-se também em torno da decisão de instalar em Jerusalém a capital de Israel.

A presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Ilda Figueiredo, considerou "uma provocação" a decisão de Israel, suportada pelos Estados Unidos, a que o "povo palestino" reagiu dentro "daquilo que é o seu direito", enfrentando com "paus e pedras" as "armas israelitas".

E de um conflito que, disse, "causou a morte a cerca de 60 palestinos e resultou ainda em mais de 2.700 feridos", a também vereadora do PCP na Câmara do Porto considerou que Portugal "não pode colocar em pé de igualdade opressores e agredidos, apelando às partes para que se contenham".

"Portugal tem de estar do lado da paz, não da guerra", exigiu Ilda Figueiredo, lembrando o "respeito pelo direito internacional que é devido aos Estados".

Em representação do Movimento Democrático das Mulheres (MDM), Olga Dias acusou os EUA de "darem cobertura, com a sua hipocrisia, ao Estado sionista, fazendo instalar a sua embaixada em Jerusalém".

A iniciativa contou ainda com o apoio e participação da União de Sindicatos do Porto.

Naquele que as autoridades palestinianas consideram ter sido o "dia mais sangrento desde 2014", foram anunciados 60 mortos e 2.711 feridos.