Antero Luís, que acompanhou a destruição numa unidade industrial da Maia, no distrito do Porto, disse que a maior parte das armas foi entregue voluntariamente, aproveitando “uma espécie de amnistia” para fomentar essas entregas e que “de facto tem dados bons resultados”.
O governante referia-se nomeadamente um período entre março deste ano e o dia 23 de junho para entrega de armas ilegais sem repercussão criminal.
Também em declarações aos jornalistas, o diretor do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, superintendente Pedro Moura, disse que só desde março foram entregues às forças de segurança, entre armas e munições, “mais de 47 mil objetos, sendo que 4.686 são armas de fogo”.
“É um número bastante significativo, na medida em que, sobretudo no primeiro período da entrega, ainda estávamos em confinamento, portanto com muitas restrições à movimentação de cidadãos”, frisou.
Em períodos anteriores de entregas voluntárias, em 2006 e 2019, a polícia recebeu, respetivamente, 6.600 e 7.300 armas.
Pedro Moura assinalou, por outro lado, um “aumento significativo” da entrega de munições. E estimou que a PSP esteja a destruir cerca de 19 toneladas por ano.
Segundo um comunicado policial, a ação de hoje na Maia foi uma forma de a PSP, através do seu Departamento de Armas e Explosivos, se associar ao Dia Internacional de Destruição de Armas, que se assinala na sexta-feira, sob a égide das Nações Unidas e sob o lema “cada arma destruída não pode mais ser usada para matar, ferir ou intimidar”.
“Pretende-se, assim, chamar a atenção do mundo, dos ‘media’ e dos cidadãos em geral, para a problemática da necessidade do controlo de armas pelas autoridades públicas”, frisa a PSP.
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