Promovida pelo movimento A21, organização global de luta contra o tráfico humano, a caminhada decorreu, além de Lisboa, no Porto, Portimão e Chaves, numa iniciativa que acontece pela terceira vez em Portugal no âmbito do Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, que se assinala na segunda-feira.

Vestidos com camisolas pretas, os cerca de 300 participantes caminharam entre o Marquês de Pombal e a Praça do Município.

“Esta é uma marcha em silêncio e em fila única contra o tráfico humano e a escravatura moderna, que infelizmente ainda acontece nos nossos dias”, disse à Lusa Heloísa Gonçalves, representante em Portugal da organização A21.

A ativista recordou os mais recentes dados do Observatório do Tráfico de Seres Humanos para dar conta da dimensão do problema em Portugal, frisando que estão em investigação no país 350 casos e destacando as situações que existem ao nível do desporto.

Heloísa Gonçalves sustentou que os números podem ser maiores, uma vez que existe “uma grande dificuldade” de as vítimas se reconhecerem como tal.

A representante em Portugal da organização A21 disse também que no país “tem sido feito um trabalho incrível de formação” junto das polícias e dos decisores para que se consiga distinguir as diferenças entre violência doméstica, tráfico humano e lei do trabalho.

Heloísa Gonçalves frisou que os participantes nesta caminhada simbólica são “as vozes das vítimas e das famílias em silêncio”.

Também hoje à tarde, no mesmo local e à mesma hora, no Marquês de Pombal, cerca das 16:00, decorreram outros protestos, seguidos de manifestações pela Avenida da Liberdade e até ao Rossio.

Uma manifestação contra os impostos nos combustíveis, convocada através das redes sociais, reuniu 15 pessoas que no percurso pela Avenida da Liberdade foram acompanhadas por seis polícias.

Já outra manifestação contra o Governo de Angola e “falta de democracia” naquele país africano concentrou cerca de duas dezenas, num protesto convocado pela Voz da Diáspora Angolana, pelo Bloco Democrático e pela Juventude da Unida em Lisboa.

As ruas de Lisboa foram também hoje à tarde preenchidas por milhares de motociclistas que se manifestaram contra a imposição de inspeções obrigatórias nos motociclos a partir de janeiro de 2022, alegando interesses económicos na base desta medida. O protesto decorreu noutras cidades portuguesas.

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