“É acima de tudo uma mensagem para empurrar o Governo para o que é o caminho certo, ou seja, não só para continuar a repor direitos, mas sobretudo dar sinais da melhoria das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores da administração pública e do setor empresarial do Estado, mas também dos trabalhadores do setor privado”, afirmou o secretário-geral da Intersindical à Lusa, depois de uma assembleia-geral de delegados sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, no Porto.
Na intervenção final da assembleia-geral, Arménio Carlos frisou que o “empurrão” serve para mostrar ao Governo que “não se pode ficar só pela corrida dos 100 metros, [é preciso] fazer outra corrida para chegar aos 200 metros, empurrar para melhorar”.
“Precisamos de ir mais longe, precisamos de melhorar as condições de vida dos trabalhadores, dos reformados, porque elas são indissociáveis também do próprio crescimento da economia. Nós precisamos de desenvolver o país e isso só se passa com intervenção dos trabalhadores e sobretudo com a resposta às suas reivindicações”, declarou Arménio Carlos, que disse acreditar que haverá “muitos milhares de trabalhadores e trabalhadoras na rua” no dia 18 de novembro “numa perspetiva construtiva”.
Para o dirigente da central sindical, que várias vezes mencionou a margem existente para melhorar a proposta de Orçamento do Estado para 2017, é preciso “valorizar aquilo que foi feito”: “Se não tivesse havido esta alteração, provavelmente hoje o que tínhamos não era esta solução política, era uma outra, que era a manutenção do PSD/CDS para concluir um projeto que desde logo foi assumido pelo presidente do PSD como um projeto que tinha que durar duas legislaturas. Hoje estaríamos numa situação incomparavelmente pior do que aquela em que estamos”.
O secretário-geral da CGTP referiu ainda que tem agendada uma reunião com o grupo parlamentar do PS para a próxima terça-feira, um dia antes de se encontrar com PSD e CDS, que agora pediram um encontro com a central sindical.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais entregou um pré-aviso de greve para 18 de novembro, de forma a permitir que os funcionários públicos possam participar na manifestação agendada para esse dia.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública aprovou, em plenário, uma jornada de luta nacional para dia 18 de novembro para reivindicar, entre outros assuntos, aumentos salariais de 4% (garantindo um aumento mínimo de 50 euros) e progressão nas carreiras.
O protesto de 18 de novembro inclui todos os trabalhadores que compõem a Frente Comum, ou seja, todos os 35 sindicatos da administração pública.
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