“Temos a expetativa de ter muitos milhares de trabalhadores na rua, na manifestação nacional de sábado, para exigir um novo rumo para o país”, disse à agência Lusa Ana Pires, da Comissão Executiva da Intersindical.
Apesar de ainda não ter todos os dados relativos ao transporte dos manifestantes provenientes dos vários distritos do país, a sindicalista disse que estão previstos “muitos autocarros e dois comboios do Porto para Lisboa.
“Esperamos a adesão de trabalhadores de todos os setores e distritos porque foi feita uma mobilização com base nos problemas laborais vividos em cada empresa ou local de trabalho”, afirmou Ana Pires.
A dirigente da Inter defendeu “a necessidade urgente do aumento generalizado dos salários e não apenas do salário mínimo nacional”, para melhorar as condições de vida da população e fomentar o crescimento económico.
A CGTP reivindica um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões, a fixação de 850 euros para o salário mínimo nacional a curto prazo e a redução do horário de trabalho semanal para as 35 horas.
A central sindical entende que são necessárias políticas que valorizem o trabalho e os trabalhadores e de erradicação da precariedade laboral.
“É necessário dar resposta a todas estas reivindicações por uma questão de progresso e justiça social”, disse Ana Pires.
A sindicalista defendeu ainda a “necessidade de desbloquear a contratação coletiva, o que passa pela revogação da norma da caducidade do Código do Trabalho”.
“Por tudo isto, os trabalhadores vão convergir para a avenida da Liberdade, no sábado, trazendo para a rua as reivindicações de todos os setores e locais de trabalho e deixando a mensagem aos patrões de que o país precisa dos aumentos salariais para se desenvolver”, disse.
Segundo Ana Pires, os manifestantes vão também deixar uma mensagem ao Governo dizendo que “é uma vergonha que a Agenda para o Trabalho Digno não responda aos problemas dos trabalhadores”.
Os participantes na manifestação de sábado vão desfilar entre a praça Marquês de Pombal e a dos Restauradores, onde a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, fará a sua intervenção político-sindical.
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