“Estamos empenhados [na luta contra a violência doméstica] e o nosso compromisso vai no sentido de lutar por uma sociedade onde todas as mulheres vivam em liberdade, sem medo e com pleno acesso a todos os seus direitos”, afirmou Luís Montenegro em declarações à Antena 1 no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
O chefe do executivo considerou que a violência contra as mulheres é “uma das violações mais graves dos direitos humanos” e frisou que, para a combater, são necessárias políticas que garantam a sua diminuição e apoiem as vítimas”.
“Isso pressupõe recursos financeiros e, por isso, nós reforçámos a parte orçamental para a prevenção e para o combate à violência doméstica”, afirmou, frisando que isso vai permitir “duplicar o apoio à autonomização das mulheres” e reforçar serviços como a teleassistência ou o transporte das vítimas.
Interrogado se acredita que, com essas medidas, se poderão inverter os atuais números de violência doméstica, Montenegro defendeu que é importante que a sociedade perceba que o crime de violência doméstica “não é um problema do âmbito privado apenas, das pessoas que são afetadas”.
“O crime de violência doméstica é um crime público, que deve ser denunciado”, disse, considerando que, para que se reduzam as suas ocorrências, “é preciso que toda a sociedade seja corresponsabilizada e não entenda, como aconteceu durante muitos anos, que este fenómeno era visto como um fenómeno dos próprios”.
“A maior mensagem que podemos passar é que, quando há violência sobre uma mulher, no fundo somos todos nós que estamos a sofrer essa violação de um direito humano”, afirmou.
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