“Queremos um acordo, mas não um acordo a qualquer preço, porque consideramos que garantir a integridade do mercado único, é uma questão de justiça, garante a proteção de empregos na Europa e permite que se crie uma concorrência leal e justa entre as empresas europeias e britânicas”, referiu Charles Michel.
“Vamos continuar a negociar com o Reino Unido – são negociações difíceis, temos todos consciência disso – e vamos ter a oportunidade, hoje, de discutir a questão com os outros líderes europeus”, apontou o presidente do Conselho Europeu.
As negociações entre o Reino Unido e a UE encontram-se na reta final, sendo que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha estipulado que hoje, dia 15 de outubro, era a data limite para se chegar a acordo.
Além do ‘Brexit’, os líderes discutirão sexta-feira a situação da pandemia de covid-19 no continente europeu, tendo Charles Michel referido que foram tomadas “decisões importantes” ao nível europeu nos últimos dias, mas que “não são suficientes”.
“Estamos a assistir, em toda a Europa, à deterioração da situação pandémica e vamo-nos concentrar, com os outros chefes de Estado, em questões muito concretas, como a harmonização das quarentenas ou a melhoria das capacidades de rastreamento do vírus, para fazermos com que esta ameaça recue, esta ameaça que é pesada para muitos países europeus e que leva a que se introduzam, novamente, medidas restritivas”, disse o presidente do Conselho.
“Temos que desenvolver mais cooperação e coordenação ao nível europeu, para limitarmos a propagação do vírus”, concluiu Charles Michel.
Os líderes dos 27 reúnem-se entre hoje e amanhã em Bruxelas, numa cimeira que tem início às 15:30 locais (14:30 de Portugal).
Entre os temas em debate, além do ‘Brexit’ e covid-19, será também questão das metas climáticas até 2030 e da relação da UE com o continente africano.
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