Parolin enfatizou que alegria é a grande característica do pontificado do papa argentino, bem como a misericórdia.

"Uma das características do papa Francisco é a de uma Igreja extrovertida, em movimento, por isso continua o convite que o papa fez desde o início de não permanecer imóvel”, de não apelar para o princípio de "sempre ser feito assim para não dar um passo à frente", explicou Parolín numa entrevista ao portal de notícias do Vaticano, Vaticanos.

Para o "número dois" do Vaticano, esse "dinamismo que o papa deu e quer dar à Igreja pode ser a causa de julgamentos diferentes e às vezes opostos".

Sobre as críticas ao papa, o secretário do Estado do Vaticano, convocado por Francisco quando era núncio na Venezuela, assegura que "é necessário distinguir entre aquelas que são destrutivos, agressivos e verdadeiramente ruins e aquelas que são críticas construtivas".

Para Parolin, alegria é uma grande característica do pontificado do papa Francisco, comprovada pelos documentos que Francisco escreveu nestes cinco anos: Evangelii Gaudium, Laudato Si e Amoris Laetita.

"Um pensamento que tem alimentado por algum tempo veio à mente: os documentos do papa, ou pelo menos os mais importantes, (...) referem-se à alegria e, talvez, seja a característica fundamental deste pontificado, uma alegria que não nasceu por descuido, mas pelo facto de sermos amados pelo Senhor", descreveu.

O "número dois" do Vaticano observou que a outra orientação deste pontificado é misericórdia, isto é, "o amor pessoal e total que Deus tem para cada uma de suas criaturas".

Parolin desejou ao papa neste evento que "o Senhor lhe dê vida, saúde, força e coragem para continuar a liderar a Igreja".