"Com o transporte das vacinas, o crime vai aumentar de maneira importante", disse Stock à revista alemã Wirtschaftswoche.

"Vamos assistir a roubos, saques de armazéns e ataques durante o transporte das vacinas", completou, horas antes de o órgão regulador do setor de saúde se reunir para autorizar a primeira vacina na União Europeia (UE).

A entidade que regula a aprovação de medicamentos na União Europeia justificou esta antecipação da reunião por ter recebido dos laboratórios farmacêuticos a informação adicional sobre a vacina.

A antecipação da data da reunião para hoje surge, contudo, depois de o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, ter pressionado o regulador europeu a acelerar a aprovação do fármaco.

O ministro considerou a situação “especialmente irritante” porque o uso da vacina desenvolvida pela BioNTech, da Alemanha, e pela farmacêutica norte-americana Pfizer, foi autorizada em países como o Reino Unido, os Estados Unidos ou o Canadá, mas ainda estava à espera de aprovação da Agência Europeia do Medicamento, não podendo, por isso, ser usada na Alemanha ou em qualquer um dos 27 países da UE.

Recentemente, a presidente da Comissão Europeia exortou a União Europeia a iniciar “tão cedo quanto possível” uma campanha de vacinação contra a covid-19, a arrancar em simultâneo nos 27 Estados-membros, para assegurar a erradicação do “vírus horrível”.

A Comissão Europeia já assinou contratos com as companhias de vacinas AstraZeneca (300 milhões de doses), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões).