Dimitris Nikolaou, de 59 anos, foi indiciado pelo seu papel na "morte de um grande número de pessoas", um crime punível com uma pena de 10 anos a prisão perpétua.
De acordo com informações, o chefe da estação de Larissa, cuja decisão de colocar um comboio de mercadorias a dirigir-se para sul e outro de passageiros que rumava ao norte no mesmo trilho levou ao desastre ferroviário mais mortal da Grécia, na última terça-feira, ficará preso enquanto aguarda julgamento.
O funcionário já foi presente a juiz na noite de domingo, prestou declarações durante perto de oito horas e está a ser acusado de colocar em risco a segurança do transporte e várias acusações de homicídio negligente e lesões corporais.
De acordo com o seu advogado, Nikolaou disse "tudo com sinceridade, emocionado, sem medo de qualquer responsabilidade para si mesmo", tendo respondido a todas as questões, de forma a que se "apure a verdade".
"Com a opinião unânime da Procuradoria, o acusado foi temporariamente detido. Era algo de se esperar pela importância do caso, pelo peso e pelas responsabilidades. Disse tudo, exatamente como as coisas aconteceram. Não bebeu, nem pestanejou, nem saiu do seu lugar no dia do trágico acidente", salientou o seu advogado.
Segundo a acusação, as sua ações não se limitam apenas ao erro de colocar dois comboios no mesmo trilho, mas também ao facto de já em Larissa este ter visto um dos comboios, tendo tido a oportunidade de corrigir a sua decisão fatal.
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