“O Governo de Hong Kong aplicará vigorosamente esta lei”, disse Lam, durante uma conferência de imprensa.
A governante avisou ainda os ativistas “radicais” para não “passarem a linha vermelha, porque as consequências de violar a lei são muito graves”.
Carrie Lam defendeu novamente o diploma imposto por Pequim ao território semi-autónomo, afirmando que ajudará a restaurar a estabilidade e a confiança após meses de protestos, no ano passado.
A lei “não é tão sombria como parece para Hong Kong”, disse Lam, defendendo que, “com o tempo (…), a confiança será maior” no futuro do território.
Promulgada em 30 de junho pelo Presidente chinês Xi Jinping, a nova lei permite punir quatro tipos de crimes contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional em Hong Kong.
Os crimes contra a segurança nacional passam a ser passíveis de prisão perpétua no território.
A comunidade internacional, com os Estados Unidos e a União Europeia em destaque, além de diversas organizações não-governamentais (ONG), expressaram mais de uma vez o receio de que a lei sirva para silenciar vozes críticas em Hong Kong, após um ano de protestos que levaram a nove mil detenções na ex-colónia britânica.
Hong Kong regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”.
Tal como acontece com Macau desde 1999, para Hong Kong foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com o governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.
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