De acordo com a projeção, o Chega poderá eleger entre dois a quatro deputados, com uma votação entre 4 e 7%, enquanto o PSD fica no limiar para a maioria absoluta no parlamento do arquipélago, podendo eleger entre 21 e 24 deputados, com uma votação entre 41 e 46% nas eleições antecipadas de hoje.

“Parece-nos ainda um pouco prematuro reagir a estas sondagens, uma vez que elas não refletem os verdadeiros números dos votos. Por isso, nós não iremos adiantar grandes comentários em relação à sondagem”, afirmou o candidato Ricardo Correia.

O candidato, sétimo na lista do Chega, falava na sede do partido, no Funchal, pouco depois de divulgada a projeção da Universidade Católica para a RTP.

“Só queremos dizer que acreditamos ainda e confiamos que o Chega fará ainda parte de uma solução governativa aqui na Região Autónoma da Madeira”, afirmou Ricardo Correia, acrescentando, por outro lado, que o partido não viabilizará, de “modo algum”, um governo à esquerda.

“É uma posição firme, que depois será explicada pela comissão política. Mas é certo que não iremos viabilizar um governo à esquerda”, reforçou, indicando que a decisão inclui o JPP, o segundo partido mais votado de acordo com projeção do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, com a eleição de nove a 12 deputados.

“Vamos aguardar mais um pouco e depois iremos fazer a reação mais apropriada”, disse Ricardo Correia, insistindo ser prematuro comentar o número de deputados que o Chega vai ou não eleger.

As legislativas da Madeira de hoje, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário do PSD, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque.

Atualmente, o Chega tem três deputados no parlamento regional (inicialmente eram quatro, mas houve uma deputada que passou a não inscrita), num total de 47 assentos, onde estão também representados 19 eleitos do PSD, 11 do PS, nove do JPP e dois do CDS-PP. PAN e IL têm um assento cada.