Depois de uma longa novela, que levou a avanços e recuos por parte de Elon Musk, o multimilionário concretizou a compra do Twitter no final de setembro, num negócio que envolveu 44 mil milhões de euros.

Logo no primeiro dia à frente dos destinos da rede social, com Musk a chegar às instalações da empresa com um lavatório nas mãos, o empresário tomou a primeira decisão polémica, demitindo toda a direção do Twitter. Mas as mudanças não iriam ficar por aqui.

Nas primeiras reuniões que teve com vários departamentos, Elon Musk exigiu várias mudanças, a mais polémica das quais tem a ver com a certificação de cada utilizador, o célebre selo azul. Quem o quiser terá, brevemente, de pagar uma taxa na ordem dos oito euros mensais, embora inicialmente se tivesse falado em 20 euros. Entre outras alterações, o novo proprietário pretende também que ninguém possa ser banido de vez do Twitter, como aconteceu com Donald Trump.

Mas a medida mais 'dolorosa' ficou guardada para esta quinta-feira. Apesar dos rumores virem desde há algum tempo, mesmo antes do negócio ter ficado concluído, Elon Musk avançou com despedimentos no Twitter, sendo que algumas informações dão mesmo conta que este pretende cortar 50% dos funcionários.

De acordo com dados recentes, a empresa terá mais de sete mil funcionários, que começarão a receber esta sexta-feira um e-mail sobre o seu futuro. "Num esforço para colocar o Twitter num caminho saudável, passaremos pelo difícil processo de reduzir a nossa força de trabalho global na sexta-feira”, lia-se numa comunicação feita aos empregados.

Várias publicações salientam que mesmo os funcionários que vão permanecer receberão um e-mail sobre o futuro do Twitter na sua conta profissional, ao passo que aqueles que forem demitidos receberão uma notificação no pessoal.

O Washington Post, citando uma fonte interna, revelou que as demissões pendentes devem ter grande impacto na empresa, com cortes em marketing, produto, engenharia, jurídico e confiança e segurança.