“Sem qualquer evidência concreta, o Reino Unido apontou riscos sem fundamento como desculpa, e cooperou com os Estados Unidos para discriminar, suprimir e excluir empresas chinesas”, acusou a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying.
A partir de 01 de janeiro de 2021 passa a ser proibida a compra de qualquer novo equipamento 5G da Huawei por operadoras de telemóvel britânicas, que vão ter ainda de remover todo o equipamento da empresa chinesa usado na infraestrutura de telecomunicações 5G do país até ao final de 2027.
A decisão foi tomada na terça-feira numa reunião do Conselho de Segurança Nacional presidida pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, como resposta a sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei em maio.
Hua Chunying disse que a China “avaliará completa e seriamente este incidente e tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.
A porta-voz disse que Pequim alertaria as empresas chinesas “para atribuírem grande importância aos crescentes riscos” que enfrentam no Reino Unido.
A Huawei está no centro de uma guerra comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China. Washington acusa a Huawei de constituir um risco para a segurança, face ao seu alegado vínculo ao regime chinês, o que é negado pela empresa.
O governo de Donald Trump tem pressionado os aliados europeus para evitarem a Huawei, a maior fabricante de equipamentos de telecomunicação do mundo.
Os Estados Unidos baniram já o fornecimento de ‘chips’ à empresa chinesa e impediram que empresas não americanas usassem tecnologia norte-americana para produzir ‘chips’ de processadores e outros componentes para a Huawei sem a aprovação de Washington.
A Huawei opera no Reino Unido há mais de 20 anos e esteve envolvida no desenvolvimento das redes 2G, 3G e 4G.
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