Na terça-feira, a UE decidiu limitar as exportações de equipamentos utilizáveis para a vigilância e aplicação da lei em Hong Kong, como medida punitiva contra as intenções de Pequim.

Os 27 países também concordaram em apoiar a população da ex-colónia britânica, facilitando a sua viagem para a Europa, através da concessão de vistos, bolsas de estudo e intercâmbios académicos.

Em resposta, Pequim rejeitou hoje que a UE procure “interferir” nos seus assuntos internos.

“As medidas da UE violam os padrões básicos do direito internacional”, disse Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia chinesa, acrescentando que o seu Governo irá apresentar protestos formais contra a comunidade europeia.

A ação da UE foi tomada após a imposição, em 30 de junho, de uma lei de segurança nacional em Hong Kong, que tem sido alvo de duras contestações internas e críticas da comunidade internacional.

A lei sanciona ações de “subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras”, permitindo uma maior ingerência das autoridades judiciais chinesas naquele território semi-autónomo.

“A UE está particularmente preocupada com a forte erosão de direitos e liberdades que deveria ser protegidos, pelo menos até 2047″, pode ler-se no texto adotado pelos 27 países europeus, referindo-se à data em que expira o modelo de gestão de Hong Kong, de “um país, dois sistemas”.