Devido à gravidade da situação, apenas uma pessoa por agregado familiar está autorizada a sair uma vez em cada dois dias, sendo este o segundo maior confinamento decretado pela China, depois daquele que ocorreu no final do ano passado na cidade de Xi’an (norte) e que confinou 13 milhões de pessoas.

A estratégia da China para conter os surtos tem sido focada em medidas de contenção “muito rigorosas” que passam pelo confinamento de cidades inteiras.

Foi desta forma que o gigante asiático terá conseguido travar, em grande medida, o avanço dos contágios, tendo registado em dois anos um número oficial de pouco mais de 100.000 casos, dos quais 4.636 resultaram em morte.

No entanto, a variante Ómicron tem provocado surtos localizados no país e nas últimas 24 horas foram registados 1.369 casos, segundo divulgou o Ministério da Saúde chinês.

Este número, apesar de continuar a ser baixo em comparação com o resto do mundo, é o mais alto registado na China desde a primeira fase da pandemia, no início de 2020.

Também para fazer face ao crescimento de casos de covid-19, a cidade chinesa de Xangai decretou hoje o encerramento das escolas primárias e secundárias, numa altura em que se registam mais de cem infeções nesta região, segundo dá conta a agência espanhola EFE.

A medida é preventiva e os alunos manterão as aulas através da Internet, relata a agência noticiosa.

Também como medida preventiva, as autoridades chinesas anunciaram que vão disponibilizar, pela primeira vez, os testes rápidos de antigénio para a covid-19.

Segundo adiantou a Comissão Nacional de Saúde, estes testes vão estar disponíveis para compra por hospitais e para os cidadãos comuns, nas farmácias ou em plataformas de venda ‘online’.

Segundo os números oficiais, existem neste momento na China 2.450 casos ativos, sendo que o total desde o início da pandemia são 112.940 casos e 4.636 mortes.

A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.