Anthony Blinken, chefe da diplomacia dos EUA, chegou esta segunda-feira a Pequim, onde se encontrou com Xi Jinping, presidente da China, nesta que foi a primeira visita de um secretário de Estado norte-americano ao país em cinco anos.

Qual a razão da visita?

A ideia continua a ser iniciar um “degelo” diplomático e manter um diálogo para “gerir responsavelmente a relação sino-americana”, disse o Departamento de Estado a propósito da visita, segundo a agência francesa AFP.

Além deste tema, as conversações abrangeram também “a cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia, a questão de Taiwan e os preparativos para as próximas reuniões de alto nível”, segundo os meios de comunicação chineses.

O que os EUA 'retiraram' das conversas?

Acima de tudo, Anthony Blinken revelou que Estados Unidos e China querem "estabilizar" as relações, mas que permanece "lúcido" sobre as profundas divergências bilaterais.

"Não temos ilusões sobre os desafios de administrar esta relação. Há muitas questões sobre as quais discordamos profundamente, inclusive de forma veemente", disse Blinken, destacando também o compromisso que a China voltou a fazer de não fornecer armas à Rússia, perante o conflito na Ucrânia.

Quais as conclusões da China?

O presidente da China, Xi Jinping, celebrou os "avanços" entre Pequim e Washington durante o encontro com Antony Blinken.

"As duas partes conseguiram avanços e encontraram áreas de entendimento em vários pontos específicos", que não foram divulgados, afirmou Xi Jinping, que descreveu os avanços como "uma coisa muito boa", de acordo com um vídeo exibido pelo canal público CCTV.

"Espero que o secretário Blinken, após esta visita, possa dar uma contribuição positiva para estabilizar as relações China-Estados Unidos", declarou Xi.

Visita inesperada?

Não.

A visita de Blinken estava inicialmente prevista para fevereiro, na sequência do encontro entre Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia, em novembro.

A viagem foi adiada em cima da hora, devido ao sobrevoo de território norte-americano por um balão chinês, que Washington considerou ser espião e Pequim disse ser um aparelho meteorológico que se tinha desviado da rota.

O que esperar daqui para a frente?

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), espera-se que a visita de Blinken dê início a uma nova ronda de visitas de altos funcionários dos Estados Unidos e da China, possivelmente incluindo uma reunião entre Xi e o Presidente norte-americano, Joe Biden, nos próximos meses.

*Com agências